Ou reagir com armas jurídicas contra um mar de problemas,
E, opondo-se com vigor eliminá-las?
Para simplesmente esquecer, ignorar, dormir, jamais!
Somente em sono ousaria dizer que isto é o fim.
O coração dói pelos milhares de confrontos naturais
Que a carne é herdeira, consumindo nossa alma de ideais,
Devotada de ser desejada. Morrer, dormir;
Sim, aí está a grande dificuldade;
Pois no sono da morte quaisquer sonho satisfaz,
Quando tivermos vencido esta espiral mortás,
Devemos, no entanto, pensar: há de se considerar
Que a desventura advém de uma vida tão longa;
Pois quem suportaria os açoites e os insultos do tempo,
As injustiças do opressor, a masmorra do homem orgulhoso,
As dores do amor desprezado, o atraso da lei,
A insolência dos funcionários que o rejeitam e protegem a praga
Que o mérito paciente tem do indigno,
Quando ele próprio poderia silenciar
Com um punhal quem iria suportar os fardos,
Gemendo e suando sob uma vida penosa,
Mas que o medo de algo depois da morte,
O país desconhecido de cujas fronteiras
Nenhum viajante retornou, enigmas da vontade
E nos fazem suportar os males que nos assombram
Que voar para outros lugares que nos são desconhecidos?
Assim a consciência nos torna covardes de nós todos;
E assim o matiz natural de resolução
Se debilita mais com o elenco pálido do pensamento,
E se arisca as grandes conjecturas do momento
Com este propósito desviam seu curso,
E perdem o foco das ações extremistas.
Acalma-ti agora!
Ó Ophelia justa! Ninfa, em tuas orações
Que eu lembre de todos os meus pecados.
Organizar! Fortalecer! Recomeçar!
Lutar!
REF: baseado em Hamlet, KING CLAUDIUS e POLONIUS.
Versão: RobertoJTC